
A economia de impacto representa a inovação colocada a serviço da redução das desigualdades sociais e da preservação ambiental. Ela amplia a lógica do desenvolvimento econômico ao reconhecer que os grandes desafios contemporâneos — mudanças climáticas, exclusão social, perda de biodiversidade e violência urbana — não podem ser enfrentados apenas pelo Estado ou pelo mercado tradicional.
É neste ponto que o Terceiro Setor encontra uma convergência natural com as empresas de impacto.
Muitas Organizações da Sociedade Civil (OSCs) já atuam com negócios sociais, destinando resultados financeiros aos fins filantrópicos de suas missões. Outras desenvolvem negócios de impacto, seja por meio de cooperativas, atividades produtivas que qualificam pessoas em situação de vulnerabilidade ou exclusão, ou ainda serviços que fortalecem a atuação das próprias OSCs — como é o caso da produtora CTS, empreendimento social do Centro Comunitário do Jardim Santa Lúcia (CCJSL), que apoia a comunicação do Terceiro Setor.
Essas experiências mostram que a sociedade civil organizada não é apenas destinatária de políticas de impacto, mas coprodutora de soluções inovadoras.
As falas no Seminário reforçaram esse diagnóstico. Lucas Ramalho, do MDIC, lembrou que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) têm um custo estimado de US$ 45 trilhões até 2030. Um valor impossível de ser coberto apenas por governos e filantropia, o que torna indispensável a entrada de novos atores — empresas, investidores, e governos locais — para que metas sociais e ambientais sejam alcançadas. Essa é a lógica intrínseca da Enimpacto: articular esforços públicos e privados para transformar escala em impacto.
Do lado da indústria, Marcelo, do SENAI Campinas, apresentou a jornada de descarbonização e destacou que competitividade e sustentabilidade não são objetivos opostos, mas complementares, sobretudo quando se apoia micro, pequenas e médias empresas em suas transições.
Já Sheila Pires, do MCTI, reforçou que as políticas de ciência e tecnologia do governo federal hoje estão conectadas à agenda socioambiental, ampliando recursos e abrindo espaço para startups, universidades e incubadoras.
Adriana Flosi, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Campinas
Adriana Flosi, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Campinas, por sua vez, destacou que Campinas já conta com um ecossistema robusto de inovação, com 14 parques tecnológicos em diferentes estágios de implantação, o que comprova a vocação inovadora da cidade.
A Integra Campinas participou ativamente do Seminário como membro da Comissão Organizadora do evento, para além de ser integrante do Conselho da Coalizão pelo Impacto, reforçando seu compromisso de representar as organizações da sociedade civil na construção de soluções inovadoras para a cidade e região. Esse papel reafirma nossa missão de ser ponte entre OSCs, empreendedores sociais e empresas, fortalecendo o desenvolvimento inclusivo e sustentável.
É nesse contexto que o papel da Integra Campinas e das OSCs ganha destaque. Se as empresas assumem a responsabilidade de incorporar práticas de impacto ao seu modelo de negócios, as organizações do Terceiro Setor trazem a força do voluntariado, da mobilização comunitária e do compromisso sem fins lucrativos.
Juntas, essas forças podem oferecer respostas concretas aos dilemas da cidade: violência, exclusão, vulnerabilidade social e degradação ambiental.
Campinas “transpira” inovação, prosperidade e riqueza. Mas é também uma cidade profundamente desigual. Se queremos que a vocação inovadora da região seja coerente com a sua realidade social, precisamos de um ecossistema de impacto que una Estado, empresas e sociedade civil.
Roberto Batista, Vice-Presidente Financeiro da Integra e o Prefeito de Campinas, Dário Saadi
O seminário mostrou que essa articulação já está em curso e o Vice-Presidente Financeiro da Integra Campinas, Roberto Batista, reafirma: ‘Nosso papel é ser ponte entre comunidades, empreendedores sociais e empresas, fortalecendo o desenvolvimento inclusivo e sustentável.’
A economia de impacto não substitui o papel do Estado, nem o do Terceiro Setor e tampouco o da filantropia tradicional. Ela os complementa, criando novas possibilidades de futuro compartilhado.
Nesse caminho, OSCs, empresas e negócios de impacto militam lado a lado para enfrentar os mesmos problemas, com abordagens diferentes e complementares. A soma dessas forças pode ser o diferencial que permitirá a Campinas avançar em direção a uma economia mais justa, inovadora e regenerativa.
Saiu na mídia
Portal PUC-Campinas
https://www.puc-campinas.edu.br/puc-campinas-recebe-a-1a-edicao-do-seminario-de-economia-de-impacto-da-rmc-2/
Jornal de Campinas
https://jornaldecampinas.com.br/puc-campinas-recebe-a-1o-edicao-do-seminario-de-economia-de-impacto-da-rmc/
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Metadescrição/Resumo: Integra Campinas no Seminário de Economia de Impacto: OSCs, empresas e governo juntos por inovação social e desenvolvimento inclusivo.